Tuesday, March 18, 2008

Brasileiro

Filho bastardo sou, como todos os meus irmãos.

Ítalo-tupí-lusitano, sou da raça que é única, que é do mundo, que é todas e é nenhuma. Filho dessa mãe gentil, de olhos cor da anil e pele de flor.

Mulher brava, que de criança inocente virou moça meretriz. Que cria suas crias com a destra da vida. Que ama de dia e de noite é vadia.

Nascida em berço esplendido, ao som do mar e a luz de olhos carniceiros. Aliciada e penhorada sem igualdade alguma. Vive da ginga, dança na injustiça da vida, como quem dribla com pitoresca destreza de craque menino a fúria de monstros gringos.

Sambando em brasa, cantando “Lerê” na labuta escrava, é gentil amada mãe, desafia o peito a própria morte pelo sonho intenso de cada filho, pelo amor e esperança de quem sabe um dia, Ver paz no futuro e glória no passado.

Brasileiro sou, Debaixo desse céu risonho e límpido, abraçado pela terra mais garrida, não fujo a luta, nem temo a própria morte.

Entre outras mil, és tu Brasil

Amada pátria minha

Pátria mãe.

Mãe menina.

I.V.

1 comment:

kbl0 said...

eu li na comu, mtu foda o texto! =]