Tuesday, May 6, 2008

Razão


(...)

Não me queira sempre sóbrio
Nem me queria sempre santo
Sempre sou mais sangue que alma
as vezes me embriago de ódio

Não me queira sempre certo
justo e honesto
Nem me queira sempre reto
Por que nasci torto, vivi na parede
e por hora estou no teto.

Não me queira sempre limpo
Nem me deseje sempre quente
Eu ando na lama do mundo
as vezes sou gelado, sem precedentes.

Não me queira só perdão, nem só arrependimento.
Não me queira como eu não sou, mas...

Só me queira...

Eu nego todo o que julgo ser
e serei o que quiser que seja.

(...)

I.V.

Thursday, May 1, 2008

Ela

(...)


Entretanto...

Cada coisa tem seu tempo
Cada fome seu alimento
Cada senso seu contento
Cada “não tenho” seu desdenho

Não entendo!

Como chove no asfalto
com tanta terra seca e áspera?
Como o tempo passa
se a vida anda correndo tão parada?

Céus!

Como uma costela faz tanta falta?

(...)

I.V.