(...)
Poeta Eu?
Não faço redondilhas
nem programo rimas
Não me importo se “A” rima com “B”,
nem se “B” rima com “A”.
Nem se “ser”
não rimará com “estar”.
Não me faço de ortografias herméticas
(Nem excluo sua importância)
Uso figuras de linguagem que só conheço de nome.
Minha métrica é a música no headphone...
Enquanto construo,
o que me agrada é o alimento da alma
o verso as avessas, a essência dos mesmos.
Sentenças que deslizam pelos sentidos,
que cheiram e se comportam conforme a própria personalidade
Porque me limitar a grades pré-postas?
Porque entrepor em programas a síntese da essência pura?
Ou me prender em vanguardas passadas?
Poesia, etimologicamente, vem do latim “poésis”, dizendo respeito à forma de construção
Sendo assim sou construtor de versos...
...assim sendo, um poeta.
Antes disso,
prezo por sintetizar essências.
Capturar e traduzir em palavras, o calor das coisas, das cenas que percebo.
As essências que correm soltas a minha volta, em volta do que vejo.
Tatear no escuro do banal pérolas óbvias.
Prezo por ser o que sou
estar aonde estou
sendo,
o que sou, um reflexo do que anseio ser
e onde estou, onde minha alma esta.
Na teoria, me digo então poeta,
mas na pratica, uso de licença poética pra não o ser...
...Poeta Eu?
Prefiro ser uma criança inocente, brincando com num colorido prato dessa sopa de letrinhas.
Entre, sente-se,
sinta-se à vontade
(...)
Isaque Veríssimo
Sunday, November 23, 2008
Friday, November 21, 2008
Dia-a-dia
(...)
É o horizonte que encanta.
O longe de hoje
o aqui do amanhã.
De manhã!
Já é outro dia e misericórdia
são passos novos
feitos raros
cada suspiro inspirando seu milagre...
Gira o mundo
Cansadas as pernas
calhadas as circunstâncias
O sono encena o repouso,
enquanto o riso dorme no rosto.
Além do mais, nem o menos é tanto assim
pra que se pare a caminhada
Que separe o agora do depois.
Todo dia é a mesma vida
Toda a vida é Dia-a-dia
É o horizonte que encanta.
(...)
I.V.
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